Apesar de vivermos quase numa "Ditadura da Felicidade", temos que entender que a vida feliz não se constitui apenas de momentos alegres e prazerosos, mas de um repertório variado de emoções que dão sentido a nossa condição humana.
Na verdade, não deveríamos ter vergonha de revelar quando estamos tristes em nosso contexto social, pois, assim como a felicidade, a tristeza é também um sentimento legítimo e deve ser encarado sem preconceito em nosso repertório de emoções.
A tristeza não é a mesma coisa que depressão. Tristeza é um estado passageiro onde ficamos mais quietos e sensíveis, em busca do silêncio e da solidão para nos refazermos. Estar triste não deve ser encarado como uma anomalia, mas como a revelação do nosso cansaço com desilusões, frustrações e repetições da vida.
Quando encaramos a tristeza como sinal de fraqueza ou desadaptação, preferimos maquiar nossas emoções com comportamentos aceitos socialmente, onde tudo deve parecer estar bem e o sorrisos nunca podem faltar em nosso semblante. Por isso, tentamos a todo custo disfarçar e sufocar nossa tristeza, ao invés de tentar compreende-la e nos permitir a essa experiência humana.
Ao invés de viver numa farsa, permita-se experienciar sua tristeza passageira, pois ficar triste não é um erro ou sinal de fraqueza, ela é uma necessidade desse nosso jeito humano de ser.
Pedro Leite Machado
Psicólogo Especialista em Gestalt-terapia Clínica
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