Formadora em Destaque: Filipa Gameiro |
A
Filipa Ribeiro de Carvalho Gameiro, é a formadora em destaque nesta
semana. É coach, consultora e formadora das àreas de Comportamento
Organizacional e Recursos HumanosFormadora Na entrevista realizada ao
forma-te, a Filipa Gameiro refere: " o que é diferenciador na
mudança humana é a forma como respeitamos a diferença, detectamos as
necessidades dos formandos, lhes apresentamos ferrramentas e os
conduzimos para o caminho da procura da melhoria contínua, através das
experiências emotivas, criativas, de partilha... a acção de formação é o
ínicio dessa melhoria da vida, a mudança advém do compromisso de cada
um consigo próprio em manter esse desejo de melhoria e aplicação dos
conhecimentos adquiridos!" Ver entrevista Completa Aqui. Ver o CV na Bolsa de Formadores AQUI.
Nome: Filipa Gameiro
Profissão: Consultora, Formadora e Coach
1. Refira a sua idade, o que faz, qual a sua área de
formação e há quanto tempo é formador(a)?
Tenho 34 anos, sou formadora de Comportamento
Organizacional e Recursos Humanos há 11 anos, tendo ministrado cerca de 6400
horas de formação, em diversas organizações e sectores de actividade.
Considero o facto de conhecer organizações distintas,
uma mais valia incrível, visto ser uma apaixonada pelo desenvolvimento de
competências (começando pelas minhas), e me sentir grata por conhecer e
partilhar experiências com mais de 3000 formandos, com as mais diversas formas
de pensar, dizer, fazer e sentir.
2. Quais foram os
cursos que mais gostou de ministrar?
Tenho 5 áreas em que adoro dar
formação. À primeira área correspondem os cursos de formação de formadores,
técnicas de apresentação, comunicação assertiva, gestão de conflitos e condução
de reuniões; à segunda, os cursos de liderança e motivação de equipas; à terceira,
os cursos de técnicas criativas e da técnica six thinking hats; à quarta, os
cursos de coaching por valores, das crenças limitadoras, da PNL, do desenvolvimento
pessoal e da inteligência emocional; e à quinta, os cursos de atendimento,
vendas, e técnicas de negociação.
3. Quais as
maiores dificuldades que encontra ou encontrou no exercício da sua atividade
formativa?
Em algumas situações ainda encontro
pessoas relutantes quanto à necessidade e eficácia da formação, situação que se
desvanece no final da mesma. Além disso, por vezes os fomandos chegam à sala
sem saber para que curso vão, porque foram escolhidos, tendo sido informados na
véspera. Seria muito bom se houvesse uma melhor comunicação e acompanhamento dos
colaboradores por parte das organizações (Departamento de RH e Chefias). Assim,
o formador não teria que despender algum tempo, que por vezes já é escasso para
os objectivos definidos, a sensibilizar as pessoas para usufruírem o mais
possível daquele momento.
4. Qual foi a
história mais engraçada que teve como formador(a)?
Tenho diversas histórias engraçadas,
na realidade potencio o uso do humor em todas as acções. Penso que quando
aprendemos num clima feliz e divertido marcamos esses momentos por mais tempo
na nossa memória. Apoio sempre os formandos que têm essa característica de
personalidade, permitindo que a usem no decorrer das sessões. Sempre que os
formandos, numa das actividades propostas, elaboram a letra do hino da
equipa/empresa, e o cantam com coreografia para os colegas, é especialmente
divertido.
Já aconteceram diversos momentos
singulares, por exemplo, uma vez uma formanda levou a filha de um mês para as
sessões de formação, porque não tinha ninguém que pudesse tomar conta dela em
casa, e a bebe portou-se lindamente; noutra ocasião, um formando na hora de
almoço fechou a porta da sala de formação, e não havia chave daquela sala
específica, por isso, enquanto um técnico especialista abria a porta, tivemos
de continuar a formação noutra sala, sem os recursos didáticos que estava na
sala inicial, bem como, todos os pertences dos formandos; noutra situação, uma
formanda veio para a formação de bicicleta e colocámos a mesma na sala, para
que não desaparecesse na rua; num dos cursos um dos formandos levou o seu
coelho para realizar uma apresentação, uma formanda veio vestida com o
equipamento de ténis, e outra levou os nenucos da filha para ensinar que “mudar
fraldas é um acto de amor”. Já aconteceu também terminar uma acção de formação
comigo a cantar uma música com letra elaborada especificamente para um grupo em
questão… enfim, gosto de ideias criativas que potenciam resultados na melhoria
da vida pessoal e profissional dos formandos!
5. O que é que o/a
destaca como formador(a)?
Considero-me bastante responsável, empenhada,
dedicada, proactiva. Sinto que podemos aprender com todos os seres humanos e
que uma das missões do formador é pensar que até ao último instante, não
devemos desistir de ninguém! Gosto de transformar todas as intervenções
individuais dos formandos em mais valias e experiências positivas para o grupo.
Gosto de promover a criatividade, e o optimismo na procura conjunta de
alternativas e novos caminhos. Fomento o desenvolvimento do espírito de equipa,
começando pela consciencialização do próprio e sensibilização do respeito pelo
outro. Vivo um lema que considero essencial nas apresentações: Paixão e
Interactividade! Paixão pelo tema, paixão pelas pessoas, paixão pelo que faço,
e interactividade, que se prende com a focalização na envolvência do grupo, na
partilha de conhecimentos e experiências! As pessoas sentem-se valorizadas,
participantes e o tempo passa de uma forma muito agradável e célere!
6. Qual é o seu
maior defeito como formador(a)?
Considero que devo ajudar todas as
pessoas. Embora essa forma de estar seja positiva, pode, de certo modo,
considerar-se um defeito, devido à ansiedade que me provoca antes de conhecer o
grupo e à angústia quando o curso chega ao fim, e sinto que ainda havia muito a
fazer.
7. Quais as
estratégias pedagógicas que mais utiliza para dinamizar as sessões?
As estratégias que mais utilizo
estão associadas ao método activo. Uso as simulações, apresentações individuais
para o grupo, o trabalho de grupo, o brainstorming, o debate, questionários de
diagnóstico, estudos de caso, jogos pedagógicos, entre outas. Considero
fundamental a prática e vivência de situações criadas em sala, onde os
formandos experimentam emoções, e se colocam no lugar de outros, para assimilar
mais facilmente os conteúdos.
8. Como avalia, de
um modo geral, a formação profissional em Portugal? (aspetos positivos e
negativos)
Penso que a formação profissional é
um bem essencial ao País, às organizações, às equipas e aos indivíduos, para
que possam desenvolver competências, encontrar alternativas e resolver
prolemas, bem como, acompanhar e
adaptar-se às mudanças dos mercados.
Em Portugal, já existe uma maior
aceitação para estes factos, no entanto, pelo momento que o País atravessa , as
organizações demonstram ter receio de investir financeiramente na
formação.
Todavia, o desenvolvimento de
competências, pode dotar as empresas e os colaboradores de conhecimentos e
capacidades que facilitem a entrada em novos mercados, sectores de negócio,
produtos. A internacionalização tem sido para muitas organizações uma
oportunidade para manter a sua existência e de crescimento de negócio, pelo
que, as equipas devem estar preparadas para as exigências culturais, linguísticas,
entre outras, que advêm destas mudanças.
Além disso, a formação pode
funcionar como catalisador de motivação individual e desenvolvimento do capital
humano.
Também sinto, que muitas pessoas que
infelizmente foram dispensadas das suas funções, decidiram apostar no seu
desenvolvimento de competências, com o objectivo de voltar a entrar no mercado
de trabalho.
9. Uma mensagem para
outros formadores?
Sejam felizes! J
Aproveitem os momentos de partilha, aprendam com os vossos
formandos. Sigam a intuição, não existem fórmulas mágicas quando lidamos com os
seres humanos! Existem métodos que no geral podem potenciar maior aprendizagem,
mas a formação não se resume às melhores técnicas, estratégias, métodos,
recursos e planeamento. O bom uso dos mesmos é essencial, é a base do nosso
trabalho, mas o que é diferenciador na mudança humana é a forma como respeitamos
a diferença, detectamos as necessidades dos formandos, lhes apresentamos ferramentas
e os conduzimos para o caminho da procura da melhoria contínua, através das experiências emotivas, criativas, de
partilha... a acção de formação é o início dessa melhoria da vida, a mudança advém
do compromisso de cada um consigo próprio em manter esse desejo de melhoria e
aplicação dos conhecimentos adquiridos!
10. O que acha do
Forma-te, o portal dos formadores?
Penso que é um excelente ponto de encontro e partilha para todos os
que se interessam pela formação e desenvolvimento de competências, permitindo
estar actualizados acerca dos factores que envolvem este tema em Portugal e no
mundo.
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