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“Ajudo as pessoas a colorir pensamentos”

Identifico-me como uma pessoa dinâmica, criativa, fascinada pelo comportamento humano, apaixonada pela vida, pela procura da felicidade, bem-estar e realização pessoal e profissional.

Com uma visão aberta e criativa identifico, avalio e desenvolvo o talento e as competências individuais, de equipa e das organizações, para que se tornem mais conscientes,eficientes e felizes, atingindo os resultados desejados e realizando-se plenamente na vida pessoal e profissional.

O meu propósito é facilitar mudanças positivas e duradouras.

‎"Se um dia tiver que escolher entre o Mundo e o Amor, lembre-se: Se escolher o Mundo ficará sem Amor, mas se você escolher o Amor, com ele conquistará o Mundo" - Albert Einstein

quarta-feira, 21 de março de 2012

Mulheres principais vítimas de assédio moral e sexual

DN Portugal

por Lusa19 Março 2012

As mulheres são as principais vítimas de assédio sexual e moral e é da área de Lisboa e do Porto que chegam a maioria das queixas. Estes são crimes que afetam psicologicamente os trabalhadores, mas também as famílias.
De acordo com dados da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), os casos de assédio moral, sexual e de violação do dever de ocupação efetiva do trabalhador estão a aumentar: desde 2009 registaram-se 299 crimes e só no ano passado as denúncias quase duplicaram (140).
Por detrás dos números estão muitas vezes histórias "de assédio extremamente violentos, persistentes e continuados", alerta o inspetor geral do trabalho, José Luís Forte, em entrevista à agência Lusa.
A advogada Rita Garcia Pereira conhece casos de quem foi obrigado a permanecer na empresa sem secretária, computador ou telefone. Ao seu escritório já chegaram trabalhadores desesperados a quem foram dadas tarefas inexequíveis, como transcrever para folhas A4 toda a lista telefónica. Mas Rita Garcia Pereira também já teve clientes aflitos por lhes terem sido atribuídas funções para as quais não tinham qualificações suficientes.
Além dos casos extremos e facilmente percetíveis pelos colegas, o inspetor geral do trabalho lembra que "também é assédio moral impedir as mulheres de acompanharem os filhos ao médico ou castigá-las porque têm o azar de terem um filho mais vezes doente do que os outros".
Os estudos revelam precisamente que as principais vítimas são as mulheres. No entanto, lembra José Luís Forte, "também há homens e quadros técnicos atingidos por estes fenómenos de pressão que muitas vezes têm por objetivo que o trabalhador se despeça".

pressão no trabalho

‎"Julho de 2009. Um trabalhador da France Télécom suicida-se em Marselha. Deixa uma nota: “Suicido-me por causa do meu trabalho na France Télécom. Esta é a única razão.” Agosto de 2009. Um francês de 28 anos é encontrado morto na sua garagem. “Excesso de trabalho” e “métodos de gestão pelo terror” na operadora são as expressões que deixa na despedida. 26 de Abril de 2011. Outro trabalhador da France Télécom incendeia-se no estacionamento da empresa.

Foi assim, um a um, que entre 2008 e 2011 se registaram perto de 60 suicídios entre trabalhadores da telecom. Em 2008, a operadora iniciou um agressivo plano de reestruturação, que passou por despedimentos, relocalizações forçadas e a imposição de agressivas metas de produtividade. O resultado da estratégia ficou à vista nas notas de suicídio: bullying, stress, pressão extrema, cortes, obrigação de mudar de local de trabalho para o canto oposto do país... Todos os que deixaram notas de suicido apontaram estas como razões.

Mas os suicídios motivados pelo stress laboral não foram um exclusivo da France Télécom ou da Europa. Também na China, onde empresas como a Apple encontram fornecedores baratos para alimentar a procura pelos seus produtos, registou recentemente uma vaga de suicídios que alertaram a comunidade internacional para o custo dos baixos preços praticados pelas tecnológicas. A Foxconn, fábrica chinesa responsável pela construção de todos os Macs, iPod, iPhone e iPads, assistiu a 18 tentativas de suicídio em 2010 – 14 com sucesso.

O diagnóstico foi depois feito por 20 universidades chinesas: a fábrica é um campo de trabalhos forçados. A atenção mediática e a denúncia das universidades – que versava sobre os salários pagos e os horários exigidos para alimentar a Apple ou a Dell – levaram a alterações radicais nos procedimentos da Foxconn. Menos horas, mais salários. Em contrapartida, os trabalhadores foram ‘convidados’ a assinar acordos em como não processariam a empresa no futuro por danos irreversíveis que possam sofrer"




terça-feira, 20 de março de 2012



Segundo Luís Nascimento Lopes, Coordenador Executivo para a Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho da ACT, aqueles fatores de risco "caminham muito rapidamente" para se assumirem como o principal problema do absentismo do local de trabalho em Portugal, ultrapassando as lesões musculares, que até há relativamente pouco tempo se pensava que continuariam a liderar o ranking pelo menos até 2018 ou 2020.


Luís Lopes sublinhou que, sobretudo por causa da crise, "as previsões alteraram-se radical e drasticamente", pelo que a partir de 2014 os fatores psicossociais deverão passar para o primeiro lugar.

Lembrou que estes fatores, pelo caráter "quase íntimo" de que se revestem, "são muito difíceis de detetar" por alguém exterior à empresa ou instituição do trabalhador.

"Mais do que o médico do trabalho, quem os pode detetar e avaliar muito melhor é o colega do lado, já que um dos principais indicadores é a alteração comportamental", referiu.

Admitiu, no entanto, que um dos grandes problemas para a detecção atempada dos fatores psicossociais é a "falta de solidariedade" no local de trabalho. (...)" 


Os fatores de risco psicossociais, como stress, violência e assédio moral ou sexual serão, a partir de 2014, a principal causa de absentismo laboral em Portugal, afirmou hoje um responsável da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
Segundo Luís Nascimento Lopes, Coordenador Executivo para a Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho da ACT, aqueles fatores de risco "caminham muito rapidamente" para se assumirem como o principal problema do absentismo do local de trabalho em Portugal, ultrapassando as lesões musculares, que até há relativamente pouco tempo se pensava que continuariam a liderar o ranking pelo menos até 2018 ou 2020.
Luís Lopes sublinhou que, sobretudo por causa da crise, "as previsões alteraram-se radical e drasticamente", pelo que a partir de 2014 os fatores psicossociais deverão passar para o primeiro lugar.
Lembrou que estes fatores, pelo caráter "quase íntimo" de que se revestem, "são muito difíceis de detetar" por alguém exterior à empresa ou instituição do trabalhador.
"Mais do que o médico do trabalho, quem os pode detetar e avaliar muito melhor é o colega do lado, já que um dos principais indicadores é a alteração comportamental", referiu.
Admitiu, no entanto, que um dos grandes problemas para a detecção atempada dos fatores psicossociais é a "falta de solidariedade" no local de trabalho.
Luís Lopes falava em Vila Nova de Famalicão, no decorrer do seminário "Fatores de risco psicossociais no trabalho", promovido pela Associação de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave.
Sublinhou que, por este ser um problema emergente, o Comité dos Altos Responsáveis da Inspeção do Trabalho (CARIT) decidiu desenvolver, ao longo de 2012, a Campanha Europeia de Avaliação de Riscos Psicossociais, que em Portugal incidirá essencialmente sobre a área da saúde.
Para Luís Lopes, esta campanha tem "um enorme mérito", por chamar a atenção dos inspectores do trabalho para estes riscos emergentes, mas também tem "uma fraqueza enorme", por deixar de fora os médicos.
"Está amputada, é um cavalo de três pernas, não vai ganhar corrida nenhuma", referiu.
No seminário participou também a investigadora Hermínia Lamy, que afirmou que na União Europeia os fatores de risco psicossociais afetam 8 por cento dos trabalhadores.


Os sectores mais vulneráveis são os da emergência (bombeiros, polícias), saúde, educação, bancário e a linha da frente do atendimento ao público.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Casos de assédio moral e sexual no local de trabalho estão a aumentar

RTP Informação

Lusa

Os casos de assédio moral e sexual no local de trabalho quase duplicaram no último ano, segundo dados da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), que em 2011 registou 140 crimes.

"Os números que temos indicam que estão a ser registados mais fenómenos de assédio moral e sexual e de inocupação dos postos de trabalho", revela em entrevista à Agência Lusa o inspetor geral do trabalho, José Luís Forte.
Desde 2009, a ACT realizou 1515 visitas tendo em vista casos que configurassem situações de assédio moral, sexual e violação do dever de ocupação efetiva dos trabalhadores. Em três anos foram levantados 299 autos e aplicadas coimas num valor aproximado de 913 mil euros.
Os números indicam ainda que estes crimes estão a aumentar. Em 2011, o número de autos quase duplicou, passando de 79 em 2010 para 140.
"Isto é revelador de que alguma coisa está a acontecer no plano do comportamento dos prevaricadores ou no aumento da coragem das pessoas em denunciar as situações", alerta o inspetor geral do trabalho.
Todos os especialistas contactados pela Lusa defendem que a realidade é bem mais dramática do que os números conhecidos. Quem lida diariamente com estes casos conhece muitas histórias em que o "medo de represálias" ou o "puro desconhecimento da legislação" silencia o crime.
A psicóloga Catarina Paulos recorda um estudo de 2006, em que esteve envolvida, que veio denunciar a existência de situações em que os trabalhadores "estavam a ser alvo de assédio mas não sabiam".
"Há pouca informação disponível e muitas pessoas nem sequer sabem a quem devem recorrer. Além disso, há o medo em denunciar porque temem represálias e não têm o apoio dos colegas, porque eles também têm medo", diz Catarina Paulos.
Estes fenómenos são confirmados por Rita Garcia Pereira. Pelo escritório da advogada de 35 anos já passaram mais de 100 casos e a especialista diz que "há muita gente que nem sequer reconhece que está a ser vítima de assédio".
Por isso, são "poucos" os que decidem avançar contra o empregador. Os que não desistem, deparam-se invariavelmente com morosas lutas judiciais. De acordo com Rita Garcia Pereira, "é normal uma ação de assédio moral demorar três anos".
Mesmo quando os queixosos vencem em tribunal, as indemnizações são "ridículas": "No caso dos danos morais rondam entre os 2.500 e os cinco mil euros", critica Rita Garcia Pereira.
Por isso, "é mais fácil a pessoa abandonar o seu emprego e não se envolver nestes processos", explica a psicóloga Catarina Paulos, lembrando que habitualmente as vítimas já estão emocionalmente frágeis.
Rita Garcia Pereira e Catarina Paulos conhecem inúmeras histórias de depressões provocadas por problemas no trabalho e lembram que além das vítimas, estas situações afetam também a família, havendo "muitos casos que acabam em divórcio".
Muitas vezes o objetivo do empregador é conseguido: o trabalhador despede-se e tenta esquecer o crime. Mas o inspetor geral do trabalho insiste que é preciso reagir para combater a "tendência de aumento".
"Os trabalhadores têm de tomar consciência de que não podem ser alvo de pressões de natureza moral e muito menos de natureza sexual. Esse tipo de comportamentos tem de ser violentamente perseguido", defendeu.
José Luís Forte lembra que "as crises não fazem apenas manifestar ondas de solidariedade, fazem também emergir o que o homem tem de pior, que é aproveitar-se das situações de desvantagem e de inferioridade para espezinhar e atingir a dignidade das pessoas. O que está em causa no assédio é buscar nas vulnerabilidades, satisfações egoístas dos instintos mais baixos dos seres humanos e infelizmente esta é uma realidade que as crises agravam".



domingo, 11 de março de 2012

No que diz respeito à igualdade de género, Portugal, apesar de estar acima da média europeia, está bem atrás dos países europeus com melhor desempenho. Está inclusivamente longe da sua vizinha Espanha. Portugal encontra-se ao nível de igualdade de género praticado em países como Estónia, Letónia, Lituânia, Moldávia, Namíbia, Ruanda e, surpreendentemente, de França.
Tal classificação consta da publicação do Índice de Igualdade de Género (Gender Equity Index - GEI) de 2012, divulgado pelo movimento Social Watch que a Oikos – Cooperação e Desenvolvimento representa em Portugal, nas vésperas do Dia Internacional da Mulher, dia 8 de Março. 
 
O índice preparado anualmente pelo Social Watch mede o fosso existente entre mulheres e homens em três diferentes dimensões: (i) na educação, (ii) no empoderamento político e (iii) na participação económica. Este índice estabelece uma média das desigualdades nestas três dimensões entre mulheres e homens. Na educação, examina o fosso de género existente no número de matrículas no sistema de ensino em todos os níveis. Na dimensão da participação económica estima a proporção do fosso entre homens e mulheres no que diz respeito ao nível salarial e emprego; Na dimensão do empoderamento é medido o tamanho do fosso entre mulheres e homens na detenção de cargos altamente qualificados, de assentos parlamentares e de posições executivas de topo. 
 
O Social Watch mede o fosso entre mulheres e homens, mas não mede o seu bem-estar. Assim, um país em que os jovens do sexo masculino e do sexo feminino têm acesso em termos de igualdade ao ensino superior, recebe um valor de 100 neste indicador em particular. Do mesmo modo, um país em que ambos rapazes e raparigas são, em termos de igualdade, impedidos de concluir a educação primária, também recebe a classificação de 100. Isto não significa que a qualidade da educação em ambos os casos é a mesma. Apenas estabelece que, em ambos os casos, as raparigas não têm menos acesso à educação que os rapazes. 
 
Portugal, com um total de 77 pontos (na média aferida das três dimensões) encontra-se entre os países com a classificação de “Baixo” (LOW GEI), apesar de se encontrar acima da média europeia que é de 73 pontos. Contudo, Portugal está bem longe do desempenho de países como a Noruega (com 89 pontos), a Finlândia (com 88) e a Islândia (com 87 pontos). Encontra-se também abaixo de países como a Suécia, a Dinamarca, a Nova Zelândia, a Espanha, a Mongólia, todos acima dos 80 pontos, o que os coloca no nível “Médio” (MEDIUM GEI). 
 
João José Fernandes, Director Executivo da Oikos – Cooperação e Desenvolvimento, afirmou que “este Índice (GEI), demonstra que a igualdade de género não está necessariamente dependente da riqueza do país. Portugal, é mais rico do que o Ruanda e mais pobre do que a França, mas tem o mesmo grau de igualdade de género. Nas últimas décadas, o nosso país fez um progresso assinalável na escolarização e educação das mulheres. O desafio é agora o de desenvolver esforços para que um progresso semelhante seja alcançado na dimensão política e económica. Uma sociedade em crise – social, política e económica – precisa do apoio de todas e todos os seus cidadãos.” 
 
Os cinco níveis de classificação do índice são: Critico (CRITICAL), Muito baixo (VERY LOW), Baixo (LOW), Médio (MEDIUM) e Aceitável (ACCEPTABLE). Note-se que nenhum país no mundo atingiu 90 pontos ou mais na média final, significando que nenhum país atingiu um nível aceitável. 
 
A única dimensão em que Portugal atinge um valor aceitável é a dimensão da educação (99 pontos). Na dimensão da participação económica e na do empoderamento, o desempenho do país é menos louvável: 78 e 55 pontos (Baixo e Muito baixo) respectivamente. 
 
Os três países europeus com maior fosso de género são Malta (63), Albânia (55) e Turquia (45). 
 
De 168 países avaliados pelo GEI de 2012, os cinco que se encontram na pior situação global são a República Democrática do Congo (29), Niger (26), Chade (25), Iémen (24) e o Afeganistão (15). 
 
Os membros da Social Watch estão espalhados por todas as regiões do mundo. A rede luta pela erradicação da pobreza e das suas causas, pela eliminação de todas as formas de discriminação e racismo, luta para assegurar a distribuição equitativa da riqueza e pela realização dos Direitos Humanos. 
  
Para uma visão mais gráfica do ranking mundial do GEI clique aqui 
  
Para descrição detalhada sobre a metodologia e fontes clique aqui 
 
  
Para mais informações sobre Social Watch visite 
www.socialwatch.org
   
Fonte: Oikos