Estudo norte-americano indica que bebés de cinco meses conseguem compreender as emoções vocalizadas por outras crianças.
Publicado a: 2013-07-04 15:52:00
«Como os recém-nascidos não são capazes de dizer aos seus pais se estão com fome ou cansados, então a primeira forma de comunicar é através de afeto ou emoção. Assim, não é de estranhar que, no início do desenvolvimento, as crianças aprendam a discriminar mudanças nos afetos», revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Ross Flom.
Aos seis meses de idade, os bebés são capazes de perceber as emoções dos familiares e, aos sete meses de idade, de perceber o estado emocional dos adultos.
Com o objetivo de avaliar a perceção das emoções das outras crianças, os investigadores da universidade de
Brigham Young University, nos Estados Unidos da América, testaram a capacidade de um bebé emparelhar as vocalizações emocionais de outras crianças com uma expressão facial.
As crianças permaneceram sentadas em frente de dois monitores. Um dos monitores exibia um vídeo de um bebé e sorridente, enquanto o outro mostrava um vídeo de um bebé triste e carrancudo. «Verificámos que, aos cinco meses de idade, uma criança é capaz de emparelhar as vocalizações positivas e negativas com a expressão facial adequada», revelou o investigador. «Este é o primeiro estudo a mostrar uma capacidade de correspondência de uma criança tão pequena. As crianças estão expostas ao afeto através das vozes e rostos dos que lhes são, provavelmente, mais familiares, pois é desta forma que são capazes de transmitir ou comunicar emoções positivas e negativas», acrescentou.
De acordo com os autores do estudo, estes resultados vão ao encontro da noção de que os bebés são altamente sensíveis e são capazes de compreender algum nível de emoção. «Os bebés aprendem mais nos primeiros dois anos e meio de vida do que na sua vida inteira, o que mostra a importância de analisar como e o que é que os bebés aprendem e como isto os pode ajudar a aprender outras coisas», referiu Ross Flom.
Os investigadores estão já a programar novos estudos, no sentido de realizar testes semelhantes em bebés ainda mais novos, os quais irão ver e ouvir os seus próprios vídeos.
Maria João Pratt
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