O Que é que tu fazes especificamente para ter empatia afectiva?
Empatia:
Tratando-se da empatia afectiva (Blair, 2008), define como a responsividade emocional, consistindo na capacidade de sentir como a outra pessoa se sente também.Isto requer que o indivíduo não só compreenda a perspectiva do outro, como comungue igualmente do seu estado emocional (Feschbach, 1989; cit. por Mullins-Nelson et al., 2006, p. 135).
Experiência de Empatia:
No decorrer de suas investigações, Decety & Jackson (2004) propuseram, então, três componentes que auxiliariam como base e interacção na dinâmica para produzir a experiência da empatia no ser humano:
1) A partilha afectiva entre o “self” e o outro, baseado na combinação acção-percepção que conduz a representações partilhadas;2) A consciência eu-outro, mesmo que ocorra uma identificação temporária, mas sem qualquer confusão entre o “self” e o outro;
3) Uma flexibilidade mental para adoptar a perspectiva subjectiva do outro e, também, os processos regulatórios.
Partilha Afectiva:
Relativamente à partilha afectiva, esta consiste na componente emocional da empatia e parte da excitação ou activação emocional gerada pela apreensão ou compreensão do estado afectivo do outro (Decety & Jackson, 2004). Em respeito às outras dimensões, a consciência eu-outro e a flexibilidade mental para adoptar a perspectiva subjectiva do outro e, ainda, a auto-regulação emocional.Nesta perspectiva, no que subsiste à consciência eu-outro, a empatia exige que alguém requeira a aceitação, de um modo mais ou menos consciente, do ponto subjectivo do outro, na relação com ele próprio (Decety & Moriguchi, 2007), isto é, que ocorra a habilidade de reconhecer que as perspectivas do self e do outro são partilhadas (Meltzoff & Gopnik, 1994; cit. por Decety & Jackson, 2004, p. 81).
Crucial:
Portanto, é crucial o reconhecimento da outra pessoa como o self, mantendo, todavia, uma clara separação entre o self e o outro (Decety & Moriguchi, 2007). Todavia, estes conceitos não se podem tomar por isolados, pois não bastam para perfazer e reproduzir a totalidade do fenómeno da empatia, dessa forma, o autor adverte que conceitos como “saber o estado interno do outro, incluindo os seus pensamentos e sentimentos” ou o acto de se “sentir como se sente a outra pessoa” constituem apenas definições dos distintos aspectos que compõem a empatia e não satisfazem, por si só, a compreensão do processo empático genuíno, uma vez que as componentes estão inter-relacionadas e devem agir uma com a outra de forma a produzir a experiência subjectiva da empatia ( Decety & Jackson, 2004).

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